Criação

O Memov

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Acervo Movimentos Sociais e Esfera Pública

O primeiro acervo do Memov será constituído pelos resultados do projeto “Movimentos Sociais e Esfera Pública; impactos e desafios da participação da sociedade civil na formulação e implementação de políticas governamentais”, feito em uma parceria do CBAE-FCC-UFRJ com a Secretaria Geral da Presidência da República. Tendo sido estudados nove variedades de movimentos na atualidade (movimentos de trabalhadores rurais, movimentos de povos e comunidades tradicionais, movimentos indígenas, movimento sindical de trabalhadores urbanos, movimentos urbanos por moradia, movimentos negros, movimentos de mulheres, movimentos LGBT, movimentos de juventude) por cerca de vinte pesquisadores, este acervo de história do tempo presente se mostrará através do seu relatório final e de materiais coletados ao longo dos dois anos de pesquisa (2013-2014).

Pesquisadores de algumas instituições universitárias seriam de imediato envolvidos neste empreendimento. Os pesquisadores do projeto “Movimentos Sociais e Esfera Pública” pertencem à UFRJ (Museu Nacional, IFCS, IPPUR), à FGV (Cpdoc), à PUC-RJ, à UFRRJ e à UERJ.

 

Acervos de Memória de trabalhadores rurais,
de trabalhadores urbanos e
de museus de favelas cariocas

Uma iniciativa conjunta de aproximação entre acervos de pesquisadores do Museu Nacional, do IFCS e do CPDA vem sendo elaborada e pode ter neste Centro um desaguadouro importante.

São eles pesquisadores da linha “Antropologia do Campesinato e das Classes Trabalhadoras” e dos Núcleos de Antropologia da Política e de Antropologia do Trabalho, do PPGAS-MN-UFRJ; pesquisadores do Arquivo da Memória Operária do Rio de Janeiro (AMORJ) do IFCS-UFRJ; e do Núcleo de Pesquisa, Documentação e Referência dos Movimentos Sociais e Políticas Públicas no Campo do CPDA-UFRRJ. As três instituições possuem acervos importantes referentes aos trabalhadores rurais e urbanos.

Além disso contaremos com pesquisadores do Laboratório de Educação e Patrimonio Cultural (LABOEP) da UFF, que desenvolvem um trabalho de digitalização do material acumulado pela pesquisadora Lygia Segala referente aos movimentos comunitários da favela da Rocinha no Rio de Janeiro, abrindo caminho para a incorporação de materiais dos museus de favelas como o Museu Sankofa da Rocinha e outros museus equivalentes.

Contaremos assim de início neste Centro com um acervo de uma gama variada de movimentos sociais produzido por um projeto de pesquisa recente. E com acervos referentes à memória de trabalhadores rurais, de trabalhadores urbanos e de museus de favelas cariocas.

 

Acervo Memória Camponesa

Outros acervos a serem incorporados são os do projeto “Memória Camponesa”, desenvolvido conjuntamente no Museu Nacional (Antropologia) e no CPDA da UFRRJ.

A experiência do projeto coletivo Memória Camponesa (Museu Nacional/CPDA) realizado entre 2004 e 2010 – que consistiu em registrar de forma audiovisual depoimentos de lideranças camponesas com atuação entre os anos 1950 e 1980 – pode dar uma ideia dos materiais disponíveis que temos para incorporar de imediato a este Centro digital. O projeto partiu de uma demanda de memória manifestada por antigas lideranças. As mesas de depoentes completadas de testemunhos da plateia se realizaram em vários estados da federação envolvendo universitários e instituições ligadas ao movimento dos trabalhadores rurais. Tais testemunhos foram registrados no Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Goiás. Também foram filmadas entrevistas individuais com antigas lideranças em Pernambuco, Rio Grande do Norte em suas áreas de origem com vistas a futuro documentário. Neste projeto há assim documentos audiovisuais e textuais já em linguagem digital.

Paralelamente foi feito um documentário, concluído no final de 2008, “Tecido Memória” (Museu Nacional – PPGAS – UFRJ), feito a pedido do sindicato dos tecelões de Paulista, Pernambuco, sinalizando uma forte demanda por memória por parte dos trabalhadores têxteis deste estado. Abriu-se uma ampla pesquisa em arquivos de imagens, assim como um debate interno na equipe de antropólogos, fotógrafo e montadoras, sobre a sua utilização em apoio às entrevistas. As entrevistas com os tecelões abriram indicações para um veio enorme de documentação de arquivo, em coleções de jornais, relatórios de companhias empresariais, jornais sindicais, arquivos patronais, textos dos próprios trabalhadores locais. Há no cruzamento das entrevistas dos trabalhadores e o material de arquivo, complementações, mas também discrepâncias, configurando disputas pela memória. A variedade documental coletada que foi propiciada por tal documentário será outra fonte de alimentação do portal. Os entrecruzamentos entre trajetórias e histórias de vida no trabalho rural e no trabalho industrial e nos fluxos entre esses dois mundos é contemplada nesses acervos de memória camponesa e memória operária.

 

Expansão. acervos pessoais de pesquisadores e outros acervos

Tal entrecruzamento dos mundos rurais e urbanos terá suporte também numa seleção da documentação já digitalizada e também dos acervos físicos (a ser digitalizada) dos arquivos do AMORJ (IFCS-UFRJ) e do Núcleo de Documentação dos Movimentos Sociais no Campo do CPDA. Também se terá acesso tanto a acervos pessoais de pesquisadores, como o Fundo Lygia Sigaud, depositado no Serviço de Memória e Arquivos do Museu Nacional (SEMEAR-MN), quanto ao de entidades ou movimentos, como o Fundo CONTAG, entregue por Moacir Palmeira ao SEMEAR-MN, acervos estes que crescerão ao longo do tempo.

 

Disponibilização

Inicialmente estamos organizando o material num site. Em um momento seguinte o caminho poderá ser o da organização de um repositório digital. Para isto contaremos com o apoio técnico do SEMEAR-MN-UFRJ e do Sistema de Bibliotecas da UFRJ (SIBI-UFRJ).