Evento de lançamento do documentário Memórias Camponesas

O Programa de Memória dos Movimentos Sociais (Memov) convida todos e todas para o evento de lançamento do documentário Memórias Camponesas, que ocorrerá na primeira quinta-feira de agosto (04/08) às 14:00.

O formato será online e a live será transmitida durante a a sessão final das disciplinas Antropologia do Poder (Professores John Comerford, Moacir Palmeira e Luan Teixeira) e Antropologia do Trabalho (Professores José Sergio Leite Lopes, Carolina Castellitte, Murilo Leal Pereira Neto e José Carlos Matos Pereira) do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional (UFRJ).

Cartaz de divulgação do evento

Amparado em pesquisa antropológica e histórica de longa duração, “Memórias Camponesas” pretende cobrir uma lacuna quanto à produção audiovisual sobre a história do sindicalismo dos trabalhadores rurais. Há importantes filmes que abordam aspectos da história do movimento camponês, no entanto a história do sindicalismo dos trabalhadores rurais propriamente dito carecia de um documentário mais sistemático. No contexto dos quinze primeiros anos 2000, os ativistas veteranos do sindicalismo camponês perceberam que a história coletiva da repressão ao movimento precisava ser recuperada, quando as gerações que testemunharam o seu início nos anos 50 e 60, e depois durante a ditadura, começavam a desaparecer com a idade avançada.

O filme trata de uma das muitas memórias das lutas camponesas no Brasil. Ele se centrou no Nordeste, sobretudo em torno da área canavieira, nos estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. E de como a formação deste movimento entrelaçou desde seu início entidades fundadas sob a iniciativa de militantes comunistas, de ligas camponesas, de associações católicas, e logo depois, sindicatos, federações estaduais e a CONTAG (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura). De como foi a repressão logo após o golpe, a luta pela recuperação e retomada do movimento, sua organização em escala nacional e, na virada dos anos 70 para 80, a preparação para as ações coletivas como as greves dos canavieiros. O filme também mostra a incorporação das mulheres na luta sindical, bem como a resistência às falências e à sonegação dos direitos dos trabalhadores por parte da agroindústria da cana através das ocupações e atividades autogestionárias a partir dos anos 90. E ainda como a memória destas lutas tem passado às novas gerações através das iniciativas das entidades dos próprios trabalhadores.

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